Eu acho mesmo que de repente eu ficaria longe pra sempre. Só
pra que de vez enquanto a gente se encontrasse, só às vezes, sabe...
Pra ter aquela curiosidade do encontro iminente, do beijo,
do calor, da sensação de estar ali novamente sentindo cheiro, calor, a boca...
No fundo a gente nunca esquece nada, NUNQUINHA!
Fecha os olhos! eu sei que você está sorrindo, e dando
aquela gargalhada seca, que é apenas um ‘há’ – meio deboche, mas explodindo de
felicidade!
Eu sei, e justamente por que eu sei que somos o avesso dos
ponteiros um do outro, calha que só
serve se for de longe, bem distante, bem DDD...
Sempre foi, não é?... Desde o princípio até indefinidamente
o dia em que cansarmos desse esconde-esconde...
Ai você promete sempre que volta, e que dessa vez é pra
ficar, mas nós somos viciados em quebrar o nariz e colocar outro, da cor
vermelha mais vermelha do mundo. A gente insiste em outros carnavais só pra ter
certeza de que a banda vai passar, e a gente fica sentado na calçada olhando os
confetes espalhados no chão...Só pra constar mais uma vez que: ‘Não é o que eu
pensei!’.
Eu sei...e você também sabe!
Mas é sempre tão bom encontrar... te sentir, te cheirar, e
cair na idiotice eterna, efêmera e absurda, o que muda é o cabelo, o coração é
o mesmo!
E sempre será!