A conversa rodava numa mesa de bar, onde rodava também um copinho. A conversa que bailava era: re-começar vale a pena?
Cada uma citou alguma situação, talvez duas e até três com o mesmo exemplar! Anos a fio, desperdício de tempo, cansaço... A cada história mal resolvida contada o copinho girava até chegar às mãos que desfiariam o próximo causo.
No fim das contas perceberam que re-começar, apenas no sentido lato da palavra, não basta. E re-começar de verdade inclui mais que as claúsulas do momento do reencontro. Requer muita paciência e convenhamos, aqui, a paciência já foi pro ralo uma vez... E o fio está mais tênue ainda.
Requer tempo, requer vontade! E para aqueles que gostam de prenunciar com base no dejavú o tal re-começo é carta fora do baralho. Para os desavisados o custo disso tudo resume-se a mais mágoa, e a certeza latejante de que: ‘ eu já sabia que era assim!’
É meus caros, mais fácil encontrar um objeto novo do que tentar catar e recompor os cacos do quebrado. Melhor começar a rabiscar de novo que usar erroex pra compensar as rasuras. Nada do que foi será... – já dizia o sábio Tim Maia !
Na verdade as pessoas são como os textos – ‘ Quando você escreve um texto, engaveta-o, desengaveta, relê, tenta alterar algo, mas não consegue, é sinal que ele não mais te pertence.’
Mas a caneta, meu caro, a caneta está em suas mãos é você que deve escolher onde traçará as linhas, convenhamos, ‘papel’ tem às resmas.
=) REINVENTAR!
2 comentários:
Só para constar...
Re-começar - foi grafado de maneira ' diferente' pq a idéia - ao menos nesse caso - é de Ré - retrocesso, retroagir, regressão...
Esse texto é muito bom, como sempre escreves maravilhosamente bem, não sei se isso vem da genética,acho que sim.RSRS
Um monte de bj.
;)
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