Até que ponto se pode amar uma pessoa?
Estavam sentados no encosto do banco da praça. Um chuvisco medroso insistia em cair e marcar os blocos pretos e cinzas, que intercalavam-se em desenhos geométricos.
Falavam sobre a ‘evolução’ dos mesmos, e das pessoas que os cercavam.
Sobre o amor e o desamor. Sobre os erros cometidos e o que haviam apreendido com isso.
São muitas histórias, são cerca de 10 anos...
Em um ponto concordavam: se desejavam que as coisas caminhassem precisariam mudar a maneira de amar e enxergar os relacionamentos.
Ele começou a ler sobre o assunto, ela nunca gostou de livros de auto-ajuda.
– Não é auto-ajuda, é psicologia. - Ele retrucou quando ouviu a crítica.
De fato se não sabemos amar, não conseguimos ter um relacionamento saudável, não adianta encontrar o ‘par perfeito’. Se é que isso existe no mundo real.
O livro em questão é: Amar ou depender – RISO, Walter.
Fala sobre os viciados em relacionamentos fadados ao fracasso. Aqueles que não tem nenhum benefício, muito pelo contrário. Desgaste emocional e perda de tempo são justificados/explicados por possíveis problemas, cansaço, ou pelo tempo.
Mas no final da conversa: 'Nós conversamos reconhecemos que estamos mal, e vamos tentar sanar os problemas.' Mesmo que a situação esteja se repetindo por anos a fio...
‘O apego é a muleta preferida do medo, um calmante com perigosas contra-indicações.’ W.R
Riso destaca que muitos insistem em relações destrutivas, ou fadadas ao fracasso, por que têm medo de abandonar o barco. As relações baseadas em sentimentos saudáveis comumente terminam se um dos envolvidos perde o interesse pelo outro. As outras, no entanto, costumam se extender, enquanto umas das partes se perde pelo caminho em busca de respostas e soluções, a outra se acomoda na zona de conforto.
Outro ponto interessante é ‘dizer não à posse e a dependência’ – é aquela história: o cara não pode ir por futebol sozinho, a namorada não deve sair com as amigas, porque agora há um compromisso que os amarrou. As pessoas costumam perder a identidade e se subjugar aos anseios da outra em detrimento dos seus.
(- É por essas outras que joguei a aliança pela janela!)
É interessante que não nos consideramos viciados em relações ou dependentes, mas ao longo da leitura do livro começamos a entender algumas atitudes, reprovar outras... Repensamos tantas outras...
Leia, é um bom livro!
‘ Lembre-se: o desejo move o mundo, e a dependência o freia. A idéia não é reprimir o desejo natural que surge do amor, mas fortalecer a capacidade de se libertar quando é preciso. Um bom sibarita jamais cria dependência.’ W.R.
1 comentários:
Olá! Muito interessante esse texto, gostei muito da abordagem que o livro traz. Vou procurá-lo.
Obrigada pela visita e volte sempre.
Beijos
Comentei no lugar errado...kkkkkkkkkk
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