Costumeiramente dizemos que sentimos saudades do que foi bom.
É verdade, é praxe, é humano.
Quando sentimos que perdemos o compasso, erramos o passo e acabamos fora do baile, seja por uma coincidência irônica provocada por terceiros, ou por uma tolice cometida por nós mesmo.
Independente do processo, o fato é que quando as situações começam a dar sinais de fumaça começamos e pôr em prática o instinto de sobrevivência. O sinal toca, e a luz vermelha pisca incessantemente.
Obviamente, como seres precavidos e conscientes, começamos a buscar as ‘causas’, e analisar a possibilidade de solução imediata.
Paliativamente começamos a tecer especulações e criar situações. Aquela frase célebre e dolorida: - Até que se prove o contrário! - começa martelar e instigar a capacidade de justificar os fatos, ou explicar as situações.
Em geral, o que é confortável para alguns é extremamente incômodo e maldoso pra outros. Outro dia ouvi dizer que: - Se você não esclarece os meandros de qualquer coisa/situação abre as portas para o processo das conjecturas.
E mesmo que mais tarde afirme com veemência que ‘não é isso!’, ‘não é bem assim’ ou ‘eu não falei isso’,o que ficou implícito e criou o quiprocó já estará instalado e alicerçado na cachola, e a grande charada aparece em letras garrafais: Será?
Até provar que vermelho não veste luto, a missa já estará no fim.
Rememoro ...
Passos distantes, quase imperceptíves,
Só meu coração acompanha o descompasso da tua ída
Acompanha e escuta
Continuam por aqui... por ali
Vez por outra insistem.
Não reajo,
E não deixo que eles fiquem...
Aqui, esgueiro-me entre as frestas da verdade
Encontro apenas a sombra,
Obscura, fantasiosa, irreal
Fatidicamente retorno,
e tudo que havia nas mãos volta pro lugar de onde nunca saiu.
Não voltará!
Prefiro o cheiro da solidão
Que o gosto da angústia desiludida
Que resigna-se, e abre as portas para a insensatez.
(Bellatrix em tempos de brumas....)
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