Na verdade procuramos é indeciso, mesmo que os moldes estejam estabelecidos e as medidas estipuladas.
Sabia, sempre soube, que não ficaria ali por tanto tempo, aguardando respostas, esperando... Foi tempo demais... E tempo demais é sempre tempo de menos para outros relógios.
Mas não olhou pra trás, não se exasperou, nem uma lágrima sequer. Tratou de alvejar os sonhos trancafiados, corou as esperanças perdidas, tratou de recuperá-las, como alguém que arrumas a casa para receber visitas. Calçou o melhor scarpin, colocou o melhor sorriso nos lábios rosados, se perfumou...
Aquele tempo que o mocinho julgou imprescindível, o foi. Talvez fosse para ele uma espécie de teste, na verdade não era a dona que deveria ser analisada fria e calculadamente, esta, ele tinha plena certeza, era sempre a mesma, sem cara e coroa.
O rapaz nunca sabia como lidar com ela, nunca sabia que palavras usar, sempre levava a mão aos lábios e titubeava. Então ele preferiu a emoção das duas rodas.... Montanha russa é outra história...
O tempo passou, os desejos e anseios também, e antes que a próxima a desaparecer fosse a vida, ela tratou de embalar, sem rótulos, sem expectativas, sem rodeios, e manter na estante. Como aquele livro entendiante que nunca conseguimos passar do terceiro capítulo.
Sabemos que ele está na estante, conhecemos a capa, o papel, o índice... Já lemos algumas páginas, ou pelo menos tentamos por cerca de meia dúzia de vezes, mas nunca passamos da 20° página.
Ele ficará ali...
A bandida lança aquele olhar suplicante... e eu disparo tentando fugir pela tangente:
O doce e o salgado...
Com intensidades divergentes
Com a mesma ambição
Carregado de dúvidas
Arfando entre o querer e o poder...
Questionando o que não têm respostas
São horas, dias e noites... Meses
Sem porque, sem noção, sem razão
Só há o tempo, que suspende os pensamentos e embaça os sentidos
O tempo que não consolidou as verdades
Mas enfatizou as mentiras... As antigas, as mesmas
E fez recobrar que o passado pode retornar
E escapar fugaz, pela mesma brecha que ressurgiu
A guria sempre foi espoleta, desde o ventre! Adorava chamar atenção e poderia ser jogadora de futebol, acho que daria uma excelente batedora de faltas!
Falante e saltitante, impaciente e curiosa, vez por outra deixa os adultos de cabelo em pé!
#Outro dia cheguei em casa, daquele jeito: soltando as sacolas pelo meio da sala, deixando sapatos num cômodo, blusa em outro...direto pro quarto!
Ela entrou primeiro se jogou na cama e disse:
- Mãe, deita aqui comigo! Hoje eu trabalhei tanto, tô muito cansada...
Se você visse a cara da moleca, me denunciaria ao CT por trabalho infantil!
Eu não resisti...
#Estava fazendo uns experimentos na cozinha, (Adoro!), e Alice saiu do quarto com o ‘quelinho’(leia-se coelhinho) d’baixo do braço, vinha tristinha...
- Mãe eu não tenho poderes...
Recordei todos os filmes que a garotinha anda assistindo.
Arregalei os olhos e comprimi os lábios para não soltar uma gargalhada!
- Como é?
- Eu descobri que não tenho poderes!
- Ah, Não fica triste não, existe um monte de coisa legal que dá pra fazer sem superpoderes...
(Já pensou se ela me pede uma varinha? rs)
#- Mãe, me dá uns miais!!
- Miais? (O que raios será isso?!) ah, tá, pode pegar...
- Oba!
Alice saí em disparada pro quarto, eu vou até a porta espiar. Ela pega minha bolsa, abre a carteira e começa
-Um miais, dois miais três miais... esse não é miais...
Saio do quarto rindo, ela já conta até 10! (me empoleirei na bancada da cozinha, esperando que ela saísse do quarto...) Coruja se empoleira...
- Mãe, agora eu vou lá no centro...
- Você encontrou os miais?
- Achei, olha!
Na mão dela só haviam notas de R$ 2,00.
- Só tinha esse? - Sei que haviam notas de outros valores.
- É, só o miais do baba (balão) e da batata...
Tanto o balão quanto a batata custam R$ 2,00, logo, o único dinheiro que tem valor pra ela é a nota de R$ 2,00!
Não creio, discordo em número e grau! Você é capaz de amar (falo amor romântico, óbvio) uma única pessoa por tantas vidas quantas você quiser.
ínterim
- Você me ama?-...amo.
- Até onde?
-...até aqui. (apontou pro coração)
- Hmm! (não muito satisfeita)
- Por enquanto quero estar com você à vida toda.
- Hã? Como assim, por enquanto?
- É, oras, pode ser que amanhã eu não queira.
- O que você acha que significa "a vida toda".
-...
(longo silêncio)
- Mas então, você me ama?
É como quando alguém entra na sua vida, metade de você diz ‘Você não está preparado’, e a outra metade diz: ‘Tome-a para si, pra sempre!’.
Estou trabalhando a parte do pra sempre, e você?'
Remeber me – superou os filmes de terror (na real são muito mais idiotas que qualquer baboseira! Coisa mais repetitiva...) que encontrei pela estante...Já que não tenho mais o Greg pra apreciar... Esperando a próxima temporada do House...
Asista sem torcer o nariz pro Rob – deveria ter feito essa linha antes de entrar no clã dos Cullen
'A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo.'(Peter Drucker)
'Eu tenho o meu caminho. Você tem o seu caminho. Portanto, quanto ao caminho direito, o caminho correto, e o único caminho, isso não existe.' (Friedrich Nietzsche)
=) De volta ao planeta dos macacos!
Até que ponto se pode amar uma pessoa?
=) Felipão ficou com no Plameiras! É nós! (=
=) Vale a pena ver de novo!!!!
E deitado na relva, ele chorou…
…E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira…
- Quem és tu? Perguntou o principezinho. Tu és bem bonita…
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste…
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho.
- Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços…"
- Criar laços?
- Exactamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo… Se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo…
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor… Cativa-me! Disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? Perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto…
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. E quanto mais perto for da hora, mais feliz me sentirei. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se chegares a uma hora qualquer, eu nunca saberei a que horas é que hei-de começar a arranjar o meu coração, a vesti-lo, a pô-lo bonito… São precisos rituais.
- Que é um ritual? Perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. (…)
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ai! – Exclamou a raposa – Ai que me vou pôr a chorar…
- A culpa é tua, disse o principezinho. Eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse…
- Pois quis.
- Mas agora vais-te pôr a chorar!
- Pois vou
- Então não ganhaste nada com isso!
- Ai isso é que ganhei! Disse a raposa. Por causa da cor do trigo… Anda, vai ver outra vez as rosas. Vais perceber que a tua é única no mundo. Quando vieres ter comigo, dou-te um presente de despedida: conto-te um segredo. (…)
- Adeus…
- Adeus, disse a raposa. Vou-te contar o tal segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos…
O essencial é invisível para os olhos – repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.
- Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa… Repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.
- Os homens já se esqueceram desta verdade, disse a raposa. Mas tu não te deves esquecer dela. Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que cativas. Tu és responsável pela tua rosa…'